Pensei
ter-te perdido mais vezes do que as que posso contar. Mas como um
barco levado por uma maré traiçoeira e sádica, voltei sempre para
junto de ti.
Aquilo
que consigo ver nos teus olhos sempre me fascinou. O doce equilíbrio
entre certeza e dúvida, entre confiança e insegurança, entre
firmeza e abismo. A tua alma sempre esteve dividida entre o que és e
o que desejas ser. Mas nada temas, tudo o que sempre quiseste
tornar-te é hoje realidade. Sei que ainda não o compreendeste por
temeres tanto quanto desejas, mas um dia vais ser invadida pela tua
própria conquista e serás feliz.
Eu
sempre assisti na penumbra, demasiado assustado pelo que me fazes
sentir. Bem, quase sempre. Por vezes tinha que aparecer para
lembrar-te que nunca estiveste só.
Resta-me
a tranquilidade de saber que, se o nosso tempo nunca vier, tu sempre
soubeste que te amei.
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